Na verdade, era para ser ao contrário, ou seja, quanto mais a sociedade avança em tecnologia, mais evoluídos teriam de ficar os que nela fazem parte. Porém, o que notamos é senão o regresso da inteligência, ou seja, as pessoas estão se tornando mais sonsas, mais ignorantes e mais egoístas. Pelo menos é o que vejo ao redor quando passo a fazer uma minuciosa inspeção da realidade que me cerca.
Também pudera, isto já vem sendo profetizado pelos antigos, como por exemplo, o apóstolo Paulo que já advertia, no seu tempo, a terrível realidade em que viveríamos tempos depois. Veja o que Ele escreveu abaixo:
"Nota bem o seguinte: nos últimos dias haverá um período difícil. Os homens se tornarão egoístas, avarentos, fanfarrões, soberbos, rebeldes aos pais, ingratos, malvados, desalmados, desleais, caluniadores, devassos, cruéis, inimigos dos bons, traidores, insolentes, cegos de orgulho, amigos dos prazeres e não de Deus, ostentarão a aparência de piedade, mas desdenharão a realidade. Dessa gente, afasta-te!"
(II Timóteo, 3 - Bíblia Católica Online)
Parece até que o apóstolo Paulo está vivendo em nosso tempo por tratar com tamanha precisão a análise exata do comportamento perverso desta geração. Uma geração de mimados que não aceitam a correção sem que percam a amizade com aqueles que, por amor, os corrigem. Uma geração débil que não estudam, não buscam o conhecimento da verdade, mas se acham acima do bem e do mal para julgarem, de forma equivocada, dois mil anos de tradição, e não só julgam como desejam alterá-la aos seus mais estúpidos gostos.
Não precisa ir muito longe para analisarmos como viviam as pessoas das gerações passadas. São por causa destas pessoas que hoje estamos vivos e muito bem-educados. Quem tem por volta de cinquenta anos de idade sabe o sacrifício que fizeram os avós, os pais, os professores, os instrutores, que visavam senão o bem do próximo. Essas pessoas que fizeram parte da antiga geração, possuíam fé, esperança, caridade, tinham raça e uma forte tradição em fazer se realizar aquilo que era correto, em outras palavras, aquilo que edificavam as virtudes.
Mas, infelizmente, quanto mais o tempo passa mais a gente nota que a civilização está regredindo, ao invés de progredir. Outro dia fui à missa, como faço todos os domingos, e pude notar pessoas, e não eram garotos, porém, senhores de bermuda dentro do templo sagrado. Se isto não é perda de tradição eu não sei o que é! No entanto, sei que estes mesmos senhores não se atreveriam em frequentar um casamento com as mesmas vestimentas, pois, desrespeitariam os noivos. Entenderam? Hoje, as pessoas temem mais às criaturas do que o Criador.
Como é difícil encontrar grupo de pessoas que discutem com discernimento os acontecimentos históricos e atuais. Se você ousar tentar reunir os próprios familiares a fim de discutir a realidade é capaz de sair brigas e discórdias. Ao invés de chegarem a alguma conclusão que seja sadia para todos acabam por fazerem guerras devorando-se uns aos outros. Isto é terrível, visto que, cada um desejará colocar em evidência a sua opinião, mesmo que essa opinião seja fantasiosa sem fundamento algum com a realidade. Essa disputa de egos não é proveitosa para o nosso tempo. Perdeu-se a “capacidade de dialogar”.
Infelizmente, quando passamos para o nível religioso a decepção é ainda maior, pois, não é difícil notar que Deus está sendo tirado do centro das atenções para que, no Seu lugar, seja colocada a assembleia. Nunca vi em minha vida, na atual situação, pessoas querendo agradar os filhos de Deus enquanto o Senhor passa a ser o segundo plano. Nos planos do Altíssimo não era para ser assim, mas Deus era para ser adorado, agradado e temido em primeiríssimo lugar. Não é de se estranhar tantas fofocas, discórdias, exibicionismo, puxa-saquismo, desprezo e falta de zelo que ocorrem por parte dos (fieis) que estão sendo totalmente infiéis. Porém, fazem essas aberrações sem o menor constrangimento ou peso de consciência.
Deus está tornando-se um tipo de funcionário do povo! O povo exige e o Senhor tem que fazer, o povo quer prosperidade, emprego, saúde, milagres, espetáculos, aparecerem em redes sociais, reconhecimento, prestígios, mas não querem sofrimentos, intimidade, obediência, servidão e temor para com Deus. Nem ouso aqui comentar sobre o clero, que, em muitíssimos casos, preferem usar a Igreja como palanque político, puxando o saco de pessoas perversas que propagam as mentiras da igualdade social enquanto essas mesmas pessoas, engajadas na política, ficam cada vez mais ricas e poderosas.
Por fim quando vemos em uma nação o próprio povo tirando sarro uns dos outros por causa de candidatos à presidência da República, podemos concluir, sem sombra de dúvidas, que esta mesma nação está tão infantilizada, tão imbecilizada ao ponto de não perceber as estratégias revolucionárias que os poderosos utilizam a fim de manter os mesmos idiotas em conflitos. Esta é uma estratégia tão antiga, porém tão eficaz, pois, sabem os poderosos a força que uma nação unida possui para acabar com a iniquidade.
Neste caso, é preciso manter o povo distraído, é preciso infantilizar a nação, emburrecer a classe universitária e usar o culto religioso para fins de propaganda política. Lamentável é o nosso presente em decorrência do pensamento revolucionário em que as pessoas vão aderindo sem ao menos perceberem que estão sendo usadas como massa de manobra.
Mas, existe solução, como prometeu o Senhor Deus:
..."se meu povo,
sobre o qual foi invocado o meu nome, se humilhar, se procurar minha face para
orar, se renunciar ao seu mau procedimento, escutarei do alto do céu e sanarei
sua terra. Doravante, meus olhos estarão abertos e meus ouvidos atentos às
preces feitas neste lugar,"...
(II Crônicas, 7 - Bíblia Católica Online)
Neste caso, para que aconteça a cura e a restauração de uma nação, é necessário que a classe de intelectuais, providos da virtude da humildade, junto ao povo, estabeleçam métodos de estudos, pesquisas, incentivos na busca pela verdade e amor aos ensinamentos do Senhor nosso Deus. Sim caríssimos, é preciso que voltemos a Deus nosso criador, caso contrário, o mundo há de devorar-nos.
Eu particularmente deixo aqui um exemplo. Comecei a estudar o pensamento do filósofo Olavo de Carvalho, ou seja, comecei a ler as dezenas de livros que ele escreveu e também a assistir as centenas de vídeos dele que estão na internet. Sem preconceito algum, mas por pura vontade de conhecer melhor os acontecimentos reais do nosso presente. Posso dizer que valeu o esforço, pois, é como se o filósofo me tirasse da grande confusão do mundo e me colocasse num lugar bem alto onde pude verificar de forma clara como funciona o mecanismo da engenharia social em que estamos inseridos.
Devemos
ter amor pelo conhecimento e seguir em frente na esperança de que tudo o que
fizermos neste mundo acarretará na eternidade.